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ArcelorMittal e Governo do Estado ampliam parceria em prol da ressocialização

Detentos aprendem trabalhos de marcenaria. Desde o início do projeto, 300 internos já se especializaram em produzir móveis de madeira.

20/02/2025 às 11h14
Por: Redação Fonte: Assessoria de imprensa
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Moveis feitos por detentos nos prédios capixabas são doados para diversas instituições. / Crédito: Assessoria de imprensa
Moveis feitos por detentos nos prédios capixabas são doados para diversas instituições. / Crédito: Assessoria de imprensa

Marcenaria como forma de estimular o trabalho e a ressocialização. É assim que desde 2017 aproximadamente 300 detentos já foram capacitados para produzirem móveis, peças de decoração, utensílios domésticos e brinquedos. Agora, a Secretaria da Justiça (Sejus) começou à terceira turma do curso de capacitação em marcenaria oferecido aos internos da Penitenciária Estadual de Vila Velha 3 (PEVV3). O curso, com carga horária de 80 horas, utiliza paletes de madeira doados pela ArcelorMittal.

O treinamento, realizado na Marcenaria Jequitibá, conta com 20 alunos e visa desenvolver habilidades técnicas na produção de móveis e artesanatos em madeira. Os materiais produzidos pelos detentos são doados a instituições sociais, escolas, creches, hospitais e órgãos públicos.

A parceria entre a Sejus e a ArcelorMittal começou em 2020, com o objetivo de fortalecer ações de ressocialização e promover a sustentabilidade por meio da reutilização de materiais. Foi quando uma equipe da ArcelorMittal unidade Tubarão visitou a Penitenciária Estadual de Vila Velha 3 (PEVV 3), no Complexo de Xuri, com o objetivo de avaliar a possibilidade de desenvolvimento de ações conjuntas. Na ocasião, os representantes da empresa conheceram as instalações da Marcenaria Jequitibá, espaço que proporcionava capacitação técnica e trabalho para os presos. O único gargalo do projeto era a dificuldade para conseguir madeira de qualidade a ser usada na oficina.

Para o Gerente Geral de Sustentabilidade e Relações Institucionais da ArcelorMittal, Bernardo Enne, a parceria com a Secretaria da Justiça na capacitação em marcenaria é um exemplo de parceria público privada e reflete o compromisso da empresa com a sustentabilidade em todas as suas dimensões. 

 "Esse projeto em parceria com a Sejus dialoga diretamente com a Sustentabilidade e, para nós da ArcelorMittal, a Sustentabilidade é um valor. Este projeto trabalha as dimensões social, ambiental, econômica, cultural, política e espiritual. Como exemplo a reciclagem dos pallets contribui com o meio ambiente através da economia circular evitando a destinação final do resíduo para aterros sanitários, além da extração de recursos naturais para a produção dos móveis. Além disso temos todo benefício social ajudando a ressignificar os internos que aprendem um novo ofício para a vida. A ArcelorMittal acredita firmemente na transformação social e esta iniciativa fortalece ainda mais esta nossa crença", afirmou.

Ainda em 2020, foi assinado um convênio entre a empresa e a Sejus definindo a parceria que continua forte até hoje.

“É muito positivo que uma empresa do porte da ArcelorMittal tenha a sensibilidade de participar deste e de outros projetos no âmbito da Justiça. A doação dos paletes garante a disponibilidade de matéria-prima de boa qualidade e sem custos, o que é fundamental para a continuidade do ciclo virtuoso desse projeto, abrindo novas oportunidades para as pessoas reconstruírem suas vidas após passarem pelo sistema prisional”, afirma Rafael Pacheco, secretário de Estado da Justiça do Espírito Santo.

 Desde o início da parceria, a ArcelorMittal unidade Tubarão já doou cerca de mil toneladas de madeira, contribuindo diretamente para a capacitação de detentos no sistema prisional capixaba. O projeto beneficia 60 internos em cada ciclo de formação e, segundo dados da Secretaria da Justiça (Sejus), já capacitou um total de 300 pessoas. Entre os itens produzidos nas oficinas de marcenaria estão móveis, peças de decoração, utensílios domésticos e brinquedos. Toda a produção é destinada a doações, beneficiando instituições sociais, escolas, creches, hospitais e órgãos públicos, ampliando o impacto positivo da iniciativa.

 

Ação transformadora

 

Inicialmente, previa-se doação de cerca de 25 toneladas de madeira por mês, mas esse volume foi crescendo e, atualmente, a média está em 50 toneladas/mês. Com maior disponibilidade de madeira garantida, o projeto se fortaleceu na PEVV3 e foi expandido passando a oferecer capacitação em marcenaria também aos detentos em outras unidades prisionais, como a Penitenciaria Agrícola de Viana e a Penitenciaria Estadual de Vila Velha 5.

Atualmente, o projeto é uma das ações de qualificação mais bem sucedidas dentro do Programa de Ressocialização realizado no sistema prisional capixaba. De acordo com a gerente de Educação e Trabalho da Sejus, Regiane Kieper, desde o início a adesão dos presos tem sido muito positiva e os resultados superaram as expectativas. “É uma capacitação muito atrativa por ensinar uma profissão valorizada no mercado, que também abre a perspectiva de empreendedorismo e autonomia, fundamentais na vida após o cumprimento da pena. Além disso, a marcenaria tem uma função terapêutica, ao permitir transformar algo simples – um pedaço de madeira – em um produto bonito e útil, como um brinquedo ou um móvel. Isso contribui para promover uma transformação na própria pessoa que está sendo capacitada”, observa Kieper.

A transformação é realidade na vida de Farly Pogian Rosa. Ele foi um dos primeiros a serem beneficiados por essa capacitação, quando estava detido na PEVV3. Após cumprir a pena, montou sua própria marcenaria de móveis planejados e, hoje, atua como instrutor do projeto.

“Me esforcei para entrar na oficina porque queria ter uma nova profissão, mas a verdade é que isso mudou completamente a minha vida. Quando você coloca técnica, dedicação e amor em uma chapa de madeira, você vê a transformação acontecer. Da mesma forma é a nossa vida. Como instrutor, busco não só ensinar, mas também inspirar para que outros acreditem na possibilidade de transformação e construção de uma vida melhor”, diz Rosa.

 

Benefícios multiplicados

 

Os móveis, utensílios domésticos e brinquedos fabricados na Marcenaria Jequitibá utilizando os paletes disponibilizados pela ArcelorMittal unidade Tubarão são doados para instituições sociais, creches, escolas, hospitais e órgãos públicos. Dessa forma, o benefício é multiplicado para diferentes segmentos da sociedade e o trabalho dos marceneiros ganha reconhecimento.

“Os móveis que recebemos da Sejus nos permitiram abrir duas novas unidades, em Cariacica e na Serra. São cadeiras, mesas, estantes e ainda itens para o bazar. Além da alta qualidade, essas peças representam a beleza que se produz quando o ser humano recebe respeito e oportunidades”, diz Pollyana Paraguassú, presidente da Associação dos Amigos dos Autistas do Estado do Espírito Santo (Amaes).

As peças em madeira produzidas nas marcenarias do projeto também são exibidas na ArteSanto, feira de artesanato do Espírito Santo que acontece todos os anos, na Praça do Papa em Vitória. Este ano, o material também ficou em exposição na recepção do Edifício Fábio Ruschi, que abriga a Sejus e outras secretarias estaduais, dando maior visibilidade ao trabalho realizado nas unidades prisionais. Durante o evento Valores, realizado na ArcelorMittal unidade Tubarão, em setembro, algumas peças fabricadas na Marcenaria Jequitibá foram expostas no estande de Coprodutos.

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