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“Precisamos diversificar mercados, consolidar logística e parcerias estratégicas”, diz economista em encontro com empresários capixabas.

Felipe Storch falou sobre o impacto da política protecionista de Trump na economia capixaba.

14/05/2025 às 15h27
Por: Redação
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Storch contextualizou os efeitos das recentes políticas protecionistas adotadas pelos Estados Unidos. / Crédito: Divulgação.
Storch contextualizou os efeitos das recentes políticas protecionistas adotadas pelos Estados Unidos. / Crédito: Divulgação.

Diversificação de mercado, logistica eficiente e parcerias estratégicas. Foi assim que o o economista Felipe Storch resumiu a principal mensagem deixada durante o 224º Café de Negócios da Associação dos Empresários da Serra (Ases), realizado no Steffen Centro de Eventos, em Jardim Limoeiro. O encontro, que reuniu líderes empresariais capixabas, trouxe à tona o tema “Impacto do protecionismo americano para a economia capixaba” — uma análise necessária em tempos de mercados cada vez mais interdependentes.

Storch contextualizou os efeitos das recentes políticas protecionistas adotadas pelos Estados Unidos, destacando que, apesar de semelhantes ao que o Brasil já pratica, o impacto global é amplificado pelo peso econômico dos EUA. “O que Trump está fazendo não é diferente do que o Brasil já fez. A diferença é que os Estados Unidos são a maior potência mundial, e suas decisões afetam diretamente o comércio internacional”, pontuou.

O palestrante também lembrou que as guerras comerciais entre os EUA e Japão, e posteriormente entre EUA e China, marcaram o início dessa postura mais agressiva na defesa de seus mercados. Para ele, a disputa vai além do déficit comercial: trata-se de um movimento estratégico para conter o avanço da China, especialmente em setores industriais e de mão de obra.

Os reflexos já são sentidos em diversas frentes, como a elevação de preços e a retração na agricultura. Diante desse cenário, Storch reforçou que o Espírito Santo precisa agir com inteligência estratégica: “Investir em educação especializada, fomentar a inovação, buscar novos mercados e fortalecer a logística são caminhos essenciais para reduzir nossa vulnerabilidade frente às tensões internacionais.”

A vice-presidente da Ases, Leonelle Lamas, destacou a importância do debate. “A ASES é uma entidade com mais de quatro décadas de história e atua como uma voz firme do setor produtivo. Discutir os impactos globais e pensar soluções locais é o que fortalece o ambiente de negócios na Serra, município que tem o maior PIB do Espírito Santo.”

Com temas atuais e palestrantes de referência, os encontros promovidos pela Ases seguem cumprindo seu papel de fomentar conhecimento, networking e fortalecimento empresarial no Estado.