No dia em que o mundo amanheceu de luto com a morte do papa Francisco - vítima de um Acidente Vascular Cerebral (AVC), seguido de um quadro de insuficiência cardíaca irreversível - muitos capixabas se lembraram do dia em que ele recebeu uma pequena comitiva capixaba e abençoou a bandeira do Espírito Santo.
O fato aconteceu no dia 9 de novembro de 2024, no Vaticano, quando o governador Renato Casagrande e a primeira-dama, Maria Virgínia Casagrande, foram recebidos em audiência privada por Francisco, na Biblioteca do Palácio Apostólico São Damásio. A visita aconteceu pouco antes da viagem do governador ao Azerbaijão, onde participou da Conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas (COP).
Na audiência, de aproximadamente 30 minutos, Casagrande presenteou o Papa com uma obra de arte da imagem do Santo Anchieta, que foi canonizado pelo Papa Francisco. A obra foi criada pelo artista plástico capixaba, Ivan Coelho. A imagem do Santo Anchieta é de madeira com detalhes em aço, simbolizando as riquezas do Estado.
Casagrande falou sobre as mudanças climáticas, tema em que o Santo Padre se mostrou profundamente preocupado, principalmente com o degelo do Polo Norte. O governador capixaba também apresentou à Francisco alguns símbolos do Espírito Santo, como: a Festa da Penha; o Convento da Penha, santuário religioso franciscano, mesma ordem do Papa; o Palácio Anchieta; e o Santuário de José de Anchieta, que fica na cidade de Anchieta, localizada na microrregião Litoral Sul do Estado.
O mandatário capixaba também apresentou a Bandeira do Espírito Santo, explicando ao Papa que a frase "Trabalha e Confia" é um resumo da frase dita por Santo Inácio de Loyola e comentou sobre as cores, que homenageam o manto de Nossa Senhora da Penha. O Santo Padre abençoou a bandeira que agora ficará exposta no Gabinete do Governador, no Palácio Anchieta.
E assim como João Paulo II há 20 anos, o papa Francisco também morreu durante a celebração da Festa da Penha.
Francisco morreu às 7h35, no horário de Roma (2h35 em Brasília). Segundo a certidão médica que atestou a morte, o papa sofreu um AVC cerebral, entrou em coma e teve um colapso cardiocirculatório irreversível às 7h35, no horário de Roma (2h35 em Brasília). O boletim médico informa que o quadro foi agravado por pneumonia bilateral, bronquiectasias múltiplas, hipertensão e diabetes tipo 2. A morte foi confirmada por um exame de eletrocardiograma.
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