Celebrando 15 anos de carreira solo, Alemão do Forró escolhe momentos mais importantes de sua trajetória

Por Vinícius Baptista

O ano era 2010. Um jovem cantor e tecladista capixaba que acabará de passar uma temporada como músico de uma banda de forró em São Paulo resolve voltar para casa. Depois de usar seu nome de batismo para fazer dupla com um amigo de adolescência em sua primeira experiência musical, o jovem Werner Niero volta para o Espírito Santo “rebatizado” com o nome que o faria famoso em todo o Brasil: Alemão do Forró. Em 2025, o artista completa 15 anos de carreira solo e, a pedido do Estado Capixaba, separou algumas fotos que ilustram bem sua história de sucesso.

“Enquanto converso com você, estou aqui no estúdio gravando”, explicou o cantor que não para! “É muito especial comemorar 15 anos de carreira. Estou gravando um novo CD que vai trazer algumas regravações de sucessos e músicas inédita”, destacou Alemão.

A comemoração também será nos palcos. “Estamos preparando um show com essa temática dos 15 anos de carreira. Vai ter um momento na apresentação que eu vou para a frente do palco com o meu teclado e vou comandar o show dali, como fazia nos velhos tempos do início da carreira, onde éramos só eu e meu teclado. Os fãs mais antigos vão se lembrar disso! Depois a banda volta completa e a gente continua o show”, adiantou o artista.  

“Além do repertório musical, tento fazer com que os meus shows sejam uma verdadeira experiencia para os fãs. Investimos pesado na produção, na pirotecnia e levamos para o palco o que há de melhor no show business”, completou o cantor.

No mês de novembro, Alemão volta para os Estados Unidos para mais uma turnê internacional. “E sempre levando comigo a bandeira do Espírito Santo”, finalizou.

Do menino tímido de Rio Bananal até o artista estourado em todo o Brasil

Em abril de 2002, Werner Niero fez sua primeira “apresentação”, em um palco improvisado no terreiro da propriedade rural da família, no interior de Rio Bananal. Era para comemorar as Bodas de Ouro dos tios, e como estava em família, o adolescente aceitou o convite para animar a festa com seu teclado. Era tão tímido, que tocou atrás da caixa de som.

“Ele ensaiava, mas tinha muita vergonha de tocar. Falei com ele para aproveitar que estaríamos em família nas bodas dos meus pais para ele tocar para a gente. Mas ele dizia que estava com medo e que tinha vergonha. Mas ele foi lá, fez o show e nós ficamos até de manhã cedo aqui”, lembra a prima Marilza Loss que alguns anos depois voltou com a reportagem ao local da primeira apresentação do primo adolescente que no futuro se tornaria famoso.

Werner nunca estudou música. Aprendeu teclado sozinho. Talvez, tenha herdado o dom musical do avô Naide Bissoli, o senhor Bisolão. “Meu pai sempre mexeu com música. E Werner, desde pequenininho ficava ao lado dele, acompanhando tudo, tocando triangulo e ajudando ele a cantar. Ele cresceu nesse ambiente”, destaca a mãe Elizete Bissoli Niero que lamenta que o avô não chegou a ver o sucesso do neto famoso.

Filho de Clovis Niero e Elizete, Werner é o mais velho de três irmãos que também começam com a letra “W”: Werber e Wivens. O amigo e humorista Rossini Macedo, o “Tonho dos Couros”, costuma brincar que seu Cloves quem criou a internet: “ele quem fez o www”, disse o humorista em uma das lives que já participou com Alemão.

A primeira dupla foi com o amigo Serginho: Werner e Serginho. Os dois animaram os bailes no interior de Rio Bananal, até que o pai do tecladista fechou a oficina de motos que tinha na pequena cidade e resolveu ir para Linhares.

“Na oficina do meu pai, aprendi desde cedo a importância do trabalho duro. Mas a cada dia eu me via mais envolvido com a música. É o que eu sempre gostei de fazer. Nesse período em Rio Bananal, comecei tocando nos bailes do interior, nas festas, em qualquer lugar que tinha oportunidade, eu tocava. Era um período de muita luta, muito esforço e muita dedicação. Até o sucesso chegar, a gente tem que ralar muito”, pontuou Alemão que nessa época se apresentava como “Werner e seus teclados”.

De lá, Werner foi para São Paulo onde tocou com algumas bandas, como a Camisa Suada. E em 2010, Ele resolve voltar para o Espírito Santo e transformar o apelido que seus amigos de banda lhe deram por conta dos seus cabelos loiros em seu nome artístico. Foi há exatos 15 anos que Werner Niero se transformou em Alemão do Forró.   

Quando não está rodando o país em seus shows, Alemão gosta de ficar em casa com a esposa Georggia Tosatto, com quem está desde a adolescência, e a filha Alice. A família vive em Linhares, onde está também o escritório do cantor e a garagem para sua nova aquisição: um tão sonhado ônibus para rodar o Brasil com conforto e segurança. “Esse foi um sonho realizado, em mais de 20 anos de trabalho. Nunca tive empresário e nem investidor. Foi tudo na raça, trabalhando muito e se esforçando muito para realizar esse sonho de ter a minha casa sobre rodas”, destacou o cantor.

Nesses 15 anos de carreira solo, Alemão também viu sua popularidade crescer no mundo virtual. Suas redes sociais acumulam milhares de seguidores. Só no Instagram ele tem 2,2 milhões de seguidores e seu canal no Youtube tem 1,11 milhão de inscritos, onde seu hit “Fica Amor” alcançou a marca de 202 milhões de visualizações. Durante a pandemia, quando os shows presenciais foram proibidos, Alemão fez lives que foram sucesso de audiência. Para se ter uma ideia, o único artista nascido no Espírito Santo que tem mais seguidores do que Alemão é, ninguém menos do que Roberto Carlos.

“E eu faço questão de repostar todo mundo que me marca nos stories. E quem quiser saber das novidades da minha carreira, data dos shows e lançamentos, é só ficar de olho nas minhas redes sociais. Os clipes sempre saem primeiro nas minhas redes sociais. Eu só tenho que agradecer ao povo capixaba por tanto carinho. Eu serei sempre grato a todos que gostam do meu trabalho e que tem me acompanhado nesses 15 anos de carreira solo. Por isso, faço questão de levar a bandeira do Espírito Santo para onde eu vou. É uma forma de levar cada capixaba comigo”, ressaltou o Rei do Forró Capixaba.