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Censo Imobiliário destaca entrega de 2.781 imóveis em seis meses no Espírito Santo

Vila Velha concentra 48,7% das unidades em construção, enquanto Vitória e Serra estão praticamente empatadas.

21/03/2025 às 15h38
Por: Redação
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Vila Velha segue como a cidade com mais construção de imóveis no Estado. Crédito: Pedro Cabral/ Divulgação
Vila Velha segue como a cidade com mais construção de imóveis no Estado. Crédito: Pedro Cabral/ Divulgação

A cidade de Vila Velha segue como o maior canteiro de obras do Espírito Santo. Quase 50% das unidades habitacionais em construção no Estado, estão no município. Os números estão na 44ª edição do Censo Imobiliário do Sindicato da Indústria da Construção (Sinduscon-ES), que foi divulgado nesta quinta-feira. O censo mostra equilíbrio entre o número de imóveis lançados na Grande Vitória no segundo semestre de 2024 com o número de unidades concluídas no mesmo período.

 De acordo com o levantamento, de julho a dezembro (2º semestre) de 2024 foram lançadas 2.690 unidades, sendo 2.618 residenciais e 72 comerciais. Já o número de entregas foi de 2.781, sendo 2.760 residenciais e 21 comerciais.

 Vila Velha concentra 48,7% (7.255) das unidades em construção, do total de 14.885, enquanto Vitória e Serra estão praticamente empatadas, com uma diferença de três unidades. Estão em construção na capital, 3.552 unidades e, na Serra, são 3.549.

 A pesquisa aponta que o tipo de imóvel mais construído no Estado segue sendo a de 2 quartos (8.597 unidades), seguida por 3 quartos (3.403). O Censo mostra que há 1.318 unidades de 4 quartos em construção e 1.174 unidades de 1 quarto.

 Mais da metade das unidades residenciais que estão sendo construídas na Grande Vitória, 66,80% (9.680), estão enquadradas no médio e alto padrão (MAP). Já o segmento econômico (ECO) concentra 33,20% (4.812) do total de unidades.

 O Censo Imobiliário do Sinduscon-ES apontou que 74,3% do total de unidades em construção já foram vendidas pelas empresas. O município de Cariacica é o que apresenta o maior percentual de vendas: 87,9% das 529 unidades em construção foram vendidas.

 O índice de velocidade de vendas mensal no segundo semestre foi de 7,9% no segmento econômico, enquanto no MAP foi de 6,7%. Eduardo Borges, diretor de Economia e Estatística do Sinduscon-ES, avalia que o momento é de equilíbrio e persiste a confiança no mercado imobiliário capixaba, como pode ser observado na quantidade de lançamentos.

 Morar, MRV e Argo são as construtoras que têm o maior número de unidades em construção na Grande Vitória. Em termos da maior área privativa em produção, a lista traz Galwan, Nazca e Morar.

 O Censo Imobiliário, realizado semestralmente pelo Sinduscon-ES, faz um levantamento dos empreendimentos em produção e com unidades à venda, com área de produção superior a 800 metros quadrados, localizados nos municípios com aglomeração urbana na Grande Vitória, ou seja, exceto Guarapari e Fundão. O 44º Censo contou com a participação de 74 empresas.

 

Previsões e entraves 2025

 

O Sinduscon-ES também apresentou a pesquisa de previsão de lançamentos imobiliários, edição 2025, que apura os principais entraves à oferta imobiliária. Realizada com 20 incorporadoras com expressiva quantidade de unidades em produção, a pesquisa revela que 75% delas têm previsão de lançar mais imóveis neste ano do que no ano passado. Percentual maior que o registrado em 2024, quando 60% previam aumentar lançamentos em relação ao ano anterior.

 Em termos quantitativos, a previsão é de que sejam lançadas neste ano 6.951 unidades residenciais, predominando a tipologia de 2 quartos (4.448). A pesquisa também mostra que 48% podem estar enquadradas no Minha Casa, Minha Vida. Desde 2019, esse é o maior número de unidades previstas para lançamento dentro do programa.

 Os lançamentos residenciais vão se concentrar mais em Vila Velha, seguido por Vitória, Serra, Cariacica e Guarapari. (Fundão e Viana não apresentam previsão).

 Quanto aos entraves apresentados pelos empresários, instabilidade econômica e dificuldade com mão de obra apareceram na pesquisa, junto à escassez de terrenos, PDM restritivo e burocracia.